A Vice-Presidente da República, Esperança da Costa, considerou, esta quarta-feira [06.09.2023], em Nairobi (Quénia), a determinação dos Estados africanos como chave para êxito no combate às alterações climáticas.
Ao falar à imprensa, à margem do Segmento de Alto Nível da Cimeira Africana do Clima, Esperança da Costa advogou a importância do engajamento de todos em torno da Agenda global do Clima, em particular de África.
Depois da participação de Angola na adopção, por consenso, da Declaração de Nairobi, a Vice-Presidente reiterou o engajamento do país no cumprimento da nova agenda africana que vai ser submetida na Conferência das Partes da Convenção Quadro das Nações Unidas – COP28, a decorrer em Dezembro, no Dubai.
“São novos desafios, mas queremos uma África mais próspera. Então temos de cuidar dela, desde os recursos naturais à nossa população, olhando mais para a juventude e as mulheres”, argumentou.
Esperança da Costa acrescentou que tal visa a rápida resolução das questões principais que afligem as populações, neste momento da transição energética, descarbonização e segurança alimentar. Consciente dos desafios da mobilização de recursos para investimento, a nível interno, referiu que as iniciativas para maior conservação podem ser utilizadas como crédito de carbono justo.
África, sublinhou, sofre com a grande problemática das alterações climáticas, bem como os seus efeitos de modo desproporcional, em relação a outras áreas, a que se acresce a falta de financiamento, a questão do Acordo de Paris, entre outras, referiu, tendo acrescentado que o continente africana regista perdas na ordem dos 300 mil milhões de dólares anuais, como resultado das alterações climáticas, que estão a causar secas severa, inundações, gestão hídrica deficiente e outros males.
A questão de financiamento para a adaptação de uma maior resiliência das comunidades, no seu entender, é dos principais desafios para um continente que emite apenas 4% das emissões globais de gases de efeito de estufa (GEE).
A Cimeira Africana do Clima, convocada pela União Africana (UA), decorre em simultâneo com a Semana Africana do Clima, acolhendo perto de 30 mil participantes, entre chefes de Estado e de Governo, representantes do sistema das Nações Unidas, sociedade civil, investidores, entre outros convidados.
Sob o lema, “ Impulsionando o crescimento verde e soluções de financiamento climático para África e o mundo”, o Fórum centrou-se na apresentação de soluções inovadoras de crescimento verde e de financiamento do clima em África e no mundo. Para o efeito, juntam-se ao colectivo, representantes do Grupo Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) e do Banco Mundial (BM), do Afreximbank, parceiros regionais e globais.
Fonte: Angop